Muito se questiona sobre a viabilização de uma frota de veículos elétricos no país, e uma das questões que mais se destaca nesse contexto é a relação entre o sistema de distribuição atual e o carregamento dos veículos. As estações de recarga, especialmente as que realizam o carregamento em corrente contínua, demandam uma potência muito alta da rede elétrica, o que pode acarretar em diversos problemas, como a queda de tensão nos ramais e a ultrapassagem da potência em relação à demanda energética contratada.
Tendo em vista essa problemática é necessário que o setor elétrico busque soluções e se adapte à essa nova tendência, possibilitando a eletrificação da frota de veículos no país. Como resposta a essa adversidade, desenvolveu-se o conceito de Smart Charging (carregamento inteligente), que consiste numa maior otimização e controle do carregamento dos veículos, provendo benefícios tanto técnicos quanto econômicos.
O Smart Charging pode ser utilizado como uma espécie de limitador de potência, que exerce o controle sobre a recarga, impedindo que a mesma ultrapasse o valor estipulado pela demanda energética contratada. Esta modalidade pode ser de extrema importância em unidades consumidoras do grupo A, onde é passível de multa a ultrapassagem do limite da potência contratada.
Falando também de uma integração entre diversas unidades consumidoras, o carregamento inteligente possibilita também uma melhor distribuição da potência fornecida, atuando na suavização dos picos de consumo energético. A tecnologia opera como uma espécie de gerenciamento pela demanda, onde trabalhando em conjunto com recursos como o OCPP, é possível programar a recarga do veículo em momentos de menor demanda onde o preço pelo kWh é relativamente menor.